janeiro 31, 2009

Sophia em: Pagando pra ver...



Sabe aquele sujeito pelo qual você se apaixonou um dia? Sim, aquele cujos defeitos eram tão pequenos, insignificantes e imperceptíveis?
Vocês subiram ao altar, trocaram juras de amor, e, depois de algum tempo de convivência, aqueles defeitinhos quase imperceptíveis transformaram-se em “problemaços” que estão empurrando seu casamento ladeira abaixo...
Um belo dia, aquele “cara” entra em crise existencial e diz a você que não tem certeza do que quer da vida...
Você não só pergunta a ele, como também pergunta a si própria: - Como assim?
Ele fala, fala...enrola e começa a dizer coisas “sem pé nem cabeça” e no final não diz “nada com nada”. Diagnóstico: Seu casamento está em crise!

Você decide relevar, afinal aquele “cara” estranho era há pouquíssimo tempo atrás o homem da sua vida!

Sim, ele que te proporcionou sonhos maravilhosos com projetos de vida em comum, planos e uma vida repleta de felicidade. Mas, agora esse “cara” tira suas noites de sono trazendo à sua mente milhares de dúvidas, incertezas, questionamentos e muitas, mas muitas desconfianças!

Todo esse emaranhado de sentimentos são acompanhados por perguntas do tipo:

- Afinal o que está acontecendo?
- O que está dando errado?
- Como as coisas chegaram a esse ponto? E por aí afora...
Mesmo sem explicações plausíveis, você a contragosto resolve investir no relacionamento e concorda em dar um tempo para que ele possa colocar as idéias em ordem.
Os dias e as semanas passam e, as coisas continuam esquisitas entre vocês.
Até, que um belo dia, um amigo seu, já não suportando vê-la sofrer resolve abrir o jogo e diz: - Ele tem outra!

Caras amigas...
Se isto lhe soa familiar ou se você já passou por uma situação semelhante e está lendo essa crônica é porque sobreviveu. Daí entenderá a expressão “estou me sentindo um lixo”.
E o pior: Não é sentir-se um lixo reciclável que ainda pode ser reutilizável mas é sentir-se o próprio lixo orgânico!
Ao se dar conta da dimensão dos fatos seu coração acelera, suas mãos suam frio, suas pálpebras tremem involuntariamente e sua cabeça gira feito um carrossel desgovernado. Você toma uma decisão que é comum a jogadores de Poker, você vai “pagar pra ver”!
Se você nunca passou por isso, torço que nunca venha a passar e que uma experiência desse tipo seja apenas a simples leitura de uma crônica.
De um jeito ou de outro o pensamento feminino é unânime: Ele me paga!!!!!!!
Seu instinto Sherlock Homes vem à tona e junto vem a decisão de ir à luta, e entrar no campo de batalha.
Investiga daqui, investiga de lá e começa a encontrar vestígios que levam a crer que seu amigo está certo. Sim. Você está sendo traída.
Seus neurônios e neurotransmissores travam uma batalha íntima e você entra em curto-circuito.
Decide usar a frieza característica de serial killers para por tudo “preto no branco”!
A essas alturas você começa a relembrar dos momentos que passaram juntos, das investidas dele pra te conquistar, das juras de amor, propostas de felicidades, e relembra também os lugares que freqüentavam e imediatamente conclui:
Ele não é tão inteligente e muito menos criativo. Deve levar essa “desgraçada” nos mesmos lugares que freqüentávamos.
De uma forma espetacular dá o seu grito de guerra particular e vai a luta!
E, aquelas desculpas idiotas de trabalho até mais tarde estão com os seus dias contados.
Pega seu carro e começa a fazer buscas pela “rota dos apaixonados”, barzinhos, restaurantes, locais calmos e tranqüilos, etc e tal!
E nós mulheres temos nosso instinto apuradíssimo e nem é preciso dizer que o Universo conspira a nosso favor a todo instante. É nessas horas que nos damos conta da nossa força interior.
Sem sair da “rota dos apaixonados” você avista o carro dele. Aliás, dele não NOSSO carro!!!!
A cor, os vidros, a raladinha no pára-choque e a chapa...as letras e os números batem. É ele.
Você respira fundo e agora é tarde demais para voltar atrás e fingir que nada está acontecendo, vai querer levar para o além essa dúvida cruel? É claro que não!
Aquele espírito de jogador de poker reaparece e agora é a hora de “pagar pra ver”.
Ao entrar no restaurante a visão do inferno: Sim, é ele com a outra. No maior afair, cochichos no ouvido, mãos entrelaçadas, selinhos...
Sua visão fica turva de ódio. Aquela mulher é simplesmente surreal, medonha, sem classe, absolutamente nada a ver com você. Quem diria...ele tão exigente pra tudo. Você consegue até imaginá-la fazendo um despacho com um charuto na boca numa encruzilhada qualquer.
Seu sangue ferve nas veias. Ferve, esfria e imediatamente depois congela...
Suas pernas parecem robotizadas e chumbadas no chão! E uma espécie de “entidade guerrilheira” se apodera de você e seu instinto “Rambo” fala mais alto!
Sem dizer uma única palavra você segue em direção a mesa do casalzinho apaixonado e, ao olhar para aquele canalha é dominada por pensamentos insanos os quais dão vazão a uma única reação: Você lhe mete um tapa no meio da cara!
Tapa, tabefe, bofete, bofetada, sopapo, não importa o termo. O estalo pode ser ouvido há dezenas de metros de distância.
Calada vira as costas e sai andando, lágrimas querendo explodir a qualquer custo de seus olhos, mas você agüenta a onda e não lhes dá esse prazer! Está de alma lavada!!!
Pernas leves, sensação de leveza somente sentida por astronautas quando no “mundo da Lua”.
Sim. Esta sou eu. Esta é você.
Afinal qual de nós nunca sentiu essa vontade louca de chegar “as vias de fato” alguma vez na vida?
Para amenizar a “mea-culpa” diz a você mesma: - Ele pediu isso. – Ele quis isso e ele teve o que pediu!
Vocês bem sabem que eu Sophia sou contra a qualquer tipo de violência, pois já escrevi sobre esse assunto em crônicas anteriores.
Mas, por que fazer um pré-julgamento? Quantas vezes reprimimos nossas ações com receio do que os outros vão dizer de nós?
Talvez, fosse melhor terminar essa crônica com outro final.
Você pegaria o primeiro garçom, lhe ofereceria uma grana legal, entraria restaurante adentro pendurada no seu pescoço, escolheria uma mesa ao lado do “casalzinho apaixonado” e ficaria às gargalhadas fingindo que nada mais existisse ao seu redor.
E, por pior que essa situação possa parecer acredite numa coisa: o azar foi só dele!!
Afinal foi ele quem perdeu a oportunidade de desfrutar de uma mulher maravilhosa e companheira adorável como eu ou você.
Mesmo depois de ter ido chorar as mágoas no ombro daquele amigo, lembre-se que como já escrevi anteriormente... A fila anda...
Então cara amiga, dê meia volta e volte para o final da fila e comece tudo outra vez. E, como diria com exclusividade Obama pra você: Sim, você pode!

2 comentários:

Anônimo disse...

Por que será que os homens preferem trair???

Por que não terminar algo que já não o satisfaz para poder aproveitar a nova conquista???

Será que eles pensam que somos tão idiotas e que nunca descobriremos???

Eu descobri a traição do meu ex noivo pela conta do celular, pois apesar dele apagar o telefone da amante do visor ele só se esqueceu de dar fim na conta também...

tenho uma amiga que foi pela fatura do cartão, afinal de contas o dela só contratava profissionais, foi um pouco mais difícil afinal de contas não sai na fatura bordel, prostibulo ou algo assim, sai sempre como posto de gasolina, restaurante, lanchonete, etc mas como toda mentira tem perna curta um dia a gente desconfia do valor da lanchonete e descobre qual foi o tipo de lanche que o "cafa" comeu...

Anônimo disse...

Você é minha heroina... sempre tive vontade de fazer o que vc fez com seu ex, com meu ex mas nunca tive coragem...

E a minha frase é " a fila anda e a catraca gira..."

tem outra tb pois quando estamos no mercado temos que escolher o melhor, afinal de contas é isso que merecemos...

" A fila anda e não tropeça senão eu empurro. "