março 03, 2006

Sophia em: Apaixonei-me, Afrodite se quiser...

Deveria eu atribuir a tal Deusa Grega os infortúnios que uma paixão pode causar?
Pois é minhas amigas...
Você se recorda das últimas paixões da sua vida?
Quando elas terminaram o que lhe aconteceu está lembrada?
Você entristeceu, chorou, sofreu, jurou por tudo que isso nunca mais iria acontecer, jamais voltaria a se apaixonar que homem nenhum merecia tanto amor...
Tudo balela! Ta vendo?
Está acontecendo tudo de novo...A tal Afrodite está querendo te acertar!
Mas agora você jura que desta vez será diferente. Você não cometerá os mesmos erros. Nisso eu concordo, mas com certeza cometerá outros erros, ainda mais enfadonhos que os primeiros...E com direito a muito mais “mancadas” do que antes!
E lá está você tomada pela “Síndrome da Bestificação”, completamente embasbacada pelo novo másculo que sem pedir licença já invadiu o seu pedaço.
Veio feito gato manhoso como quem nada quer... mas quando você percebeu lá estava o gato demarcando território no seu telhado!
Dessa vez você garante que ele vai comer aqui ó! Na palma da sua mão!
Claro que vai... no cinema a pipoca que você boquiaberta vai ficar lhe pondo na boca enquanto o filme passa.
E por que quando nos apaixonamos piramos?
Perdemos a razão quase que completamente.
Mesmo tentando se defender da paixão ela pode aparecer. Claro, vem o susto do primeiro instante...mas passado o susto as inseguranças dão lugar aos sonhos e fantasias. Amar....Amar...Amar... é o mesmo que voar sem sair do lugar.
Mas o que parece amor não é! A paixão tem vida curta.
Aparece como Primavera, e enche de flores o seu jardim.
Depois vem o Verão e o fogo da paixão que tanto esquenta o coração.
Mas, quando chega o Outono o entusiasmo vai cedendo....assim como as árvores deixam cair suas folhas, lenta e calmamente num processo de transformação.
E quando o Inverno se aproxima, traz junto com ele uma névoa fria que encobre seus olhos e vai ofuscando todo e qualquer sinal de clareza, e você não consegue enxergar os muitos sinais que insistem em atravessar as estações.
Os tais sinais vêm de todos os lados...mas você ainda sob o efeito da “síndrome” não consegue ver um palmo a frente do nariz.
Os sinais indicam “Perigo a bordo”, sua embarcação tão apaixonante está indo à deriva...
E agora?
Atenção! Dentro da sua bolsa chic como diria minha amiga Walquíria, há uma super búsula e também uma carta náutica.
Pegue-as. Entre imediatamente em seu bote e ponha seu colete salva-vidas, não esqueça de levar o par de remos (aconselho a levar um de reserva), é bom também levar um guarda-chuva para se defender das canivetadas que os amigos provavelmente vão rajar sobre você com palavras tipo: eu avisei, você não quis ver, eu bem que tentei e todo o resto de frases que são absolutamente dispensáveis a essas alturas do acontecimento. E não esqueça do principal: 02 caixas de lenço de papel para enxugar suas lágrimas.
Vá remando maré adentro até encontrar terra firme. Encontrou? Saia do seu bote, pule, ria, corra, grite, dance e descanse até que uma próxima paixão volte a te atacar!

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