março 02, 2006

Sophia em: O que eu to fazendo aqui?

Você já se fez essa pergunta alguma vez na sua vida?
Não? Ótimo! Significa que você sempre esteve no lugar certo, na hora certa e com a pessoa certa. Bingo pra você!
E se alguma dessas inusitadas situações que passamos no decorrer de nossas vidas você precisar se perguntar: O que eu to fazendo aqui?
Está preparada para as sensações?
O primeiro passo para conseguir entender tudo isso consiste em saber o que te levou a fazer essa pergunta.
Um dos principais motivos acerca dessa pergunta é quando você constata que alguma coisa está errada, e você naquele instante está se sentindo totalmente fora de foco.
Por que você está se sentindo assim? Não sabe? Ta confusa? Isso é natural. E sabe por quê?
Geralmente nos sentimos assim quando no íntimo não concordamos em ser protagonistas de determinadas situações.
Você pode até se defender e dizer: Mas eu só faço o que eu quero. Ninguém manda em mim.
Nem sempre as afirmativas acima são verdadeiras. Muitas vezes somos induzidas, levadas, e até mesmo motivadas a vivenciar determinadas situações que não condizem com nossa vontade, mas quando nos damos conta...lá estamos nós vivenciando aquilo que não tínhamos sequer a mínima pretensão de vivenciar.
Quer um exemplo?
Certa ocasião fui convidada a ir a um restaurante japonês, o homem que me fez o convite sabia muito bem que eu não era (e continuo não sendo) apreciadora da culinária japonesa. Mas, devido à insistência dele, acabei cedendo. Foi difícil me ver ali sentada, com aquelas todas aquelas lanternas vermelhas sobre a minha cabeça, com garçonetes trajando kimonos coloridos, e um sushiman que mais parecia um Samurai que habilidosamente desvencilhava o salmão para degustação e delírio dos mais devotos apreciadores da culinária oriental. E o pior: lá estava eu com aqueles dois palitinhos na mão sem saber como manipula-los. Ora essa, porque eu deveria saber? Eu não gosto de comida japonesa!
Aí eu me perguntei: O que eu to fazendo aqui?
Senti-me no próprio Japão. Mais precisamente num restaurante nos arredores do Monte Fuji, onde eu mal pronunciaria Arigatô! Praticamente uma estranha fora do ninho!!!!
A sensação que alguma muito errada está acontecendo desvirtua qualquer pessoa do seu curso normal.
Posso dizer a vocês, que não sei bem porque cargas d'água, esse mesmo homem um tempo depois do acontecido simplesmente passou a repugnar toda e qualquer relação culinária, e até mesmo cultural a respeito de assuntos orientais!
Por que temos que fazer algo quando não temos vontade de fazer? Ora bolas!
Por que abrirmos mão de nossas vontades para ceder às vontades de outras pessoas? Isso entre as mulheres é mais comum do que se imagina!
É uma sensação parecida de estar perdida num lugar que você nunca estivera antes, e pior: não há ninguém para lhe informar nada!
E quando você sentir que essa perguntinha absolutamente contundente: O que eu to fazendo aqui? tentar invadir sua mente...
Toda calma nessa hora!
Respire fundo. Conte até três.
Puxe o freio de mão. Olhe pelo retrovisor, e firmemente engate uma ré com tudo e fuja imediatamente antes que seja tarde, mas jamais faça aquilo que não tem a mínima pretenção de fazer só para agradar alguém!
E, se por ventura esse certo "alguém" for invariavelmente o homem da sua vida, relax!
Ao invés de ir a um restaurante japonês, o convide para um banho de ofurô repleto de pétalas de rosas, será inesquecível e além do mais, não haverão lanternas vermelhas sobre sua cabeça! Somente um Samurai com uma espada em riste com certeza fará com que você aprenda absolutamente tudo sobre de como degustar um autêntico sushimi com apenas um palito nas mãos!

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