abril 17, 2006

Sophia em: Meu afair...

Hoje resolvi que vou contar sobre o meu “afair”, embora eu prefira chamá-lo de namorado. No dia em que eu e minha amiga Walikíria resolvemos criar esse blog, estávamos num bar que fica num píer muito charmoso no litoral santista.
Logo que chegamos ao bar nos acomodamos numa das mesas. Percebi numa mesa próxima à nossa um homem desacompanhado. Embora eu tenha me posicionado de costas para ele, algo me chamou a atenção, e as duas vezes que me levantei para ir ao toalete, tive a oportunidade de observá-lo mais detalhadamente, por incrível que pareça acho que ele estava com o seu “sonar” desativado, pois nem mesmo notou-me, afinal de contas eu não sou uma anã, muito pelo contrário, tenho uma boa estatura e ainda usava sapatos com saltos altos. Ele absolutamente absorto pela música e pelos próprios pensamentos sequer notou minha presença, ou seja: nem a oportunidade de flertá-lo eu tive! Mas ele tinha “algo mais” que chamou a atenção do meu temperamento espirituoso e inquieto. Foi então que decidi imediatamente entrar em ação, afinal de contas poderia estar ali mesmo ao meu lado o homem da minha vida, e eu iria deixar passar a oportunidade de conhecê-lo só pelo fato dele ser distraído? E depois ir pra casa me culpando por não ter tido nenhum tipo de atitude? Será que eu o encontraria novamente? Onde? Ora! Essas perguntas invadindo meus pensamentos não me deixou outra alternativa a não ser tentar uma aproximação. Agir instintivamente nunca foi meu forte, aliás esse foi um dia de estréia, tive a brilhante idéia de tirar de minha carteira meu cartão de visitas e pedir para que o garçom o entregasse a ele. Walkíria ficou perplexa com minha atitude, eu confesso que também fiquei!
Chamei o garçom que nos atendia e pedi para que ele entregasse meu cartão ao tal homem desacompanhado. Mas antes fiz um breve interrogatório tipicamente feminino com perguntas do tipo: Ele é casado? Sabe se ele tem namorada? Ele vem sempre aqui? Ele é do bem? Queria também perguntar o endereço, o signo, o mapa astral, mas me contive...a sorte estava lançada. Depois de algum tempo o tal homem saiu do bar e telefonou-me, gostei dele ao fone, apresentou-se pareceu muito simpático disse que era solteiro e convidou a mim e minha amiga Walkíria para irmos beber um drink com ele numa ilha próxima dali, embora não tenhamos aceitado o convite, eu e ele continuamos a conversar por telefone durante a semana. Depois de três dias ele telefonou-me. Que alívio quando ele disse que tinha dois filhos e estava separado há cerca de 05 anos. Pois no primeiro contato telefônico ele disse a palavra “solteiro” isso me deu calafrios! Tal palavra chega a ser uma benção para mulheres até os 40 anos. Mas as que já passaram dessa idade sentem vertigens quando um homem na faixa dos 50 anos se diz solteiro. O primeiro pensamento é: Ele é gay? O pensamento seguinte é: seria ele um mala sem alça? Porque será que nunca se casou? O que há de errado com ele? Ou será ainda que ele mencionou a palavra solteiro por nunca ter assumido legalmente uma união? Tomara.... São incógnitas eu diria um tanto assustadoras que tomam conta de nossa mente quando se passa dos 40! Ele foi super gentil ao fone, pareceu ser um cara “light” e gostei imensamente quando ele mencionou sua família, senti firmeza e constatei que ele era um cara do "BEM".
Naquele momento eu senti que seríamos mais do que simples amigos, eu como uma mulher previdente que sou não estava afim de “ir de cabeça” nessa relação, antes de qualquer outra coisa eu jamais poderia esquecer do equipamento de segurança básico também conhecido como capacete, para não quebrar a cara, e nem a cabeça!
Ele chamou minha atenção desde a primeira vez que o vi, e eu criei algumas expectativas em conhecê-lo, pois se mostrava um homem muito interessante.
Será que os homens pensam assim a nosso respeito? Ou será que enquanto viajamos em pensamentos tentando desvendar os mistérios masculinos e tentando descobrir nuances de sensibilidade, gentileza, inteligência e caráter os homens estão com seu “sonar” totalmente voltado a peito, pernas e bunda? Não necessariamente nessa ordem... mas é muito provável que dentro do universo de pensamentos masculinos eles ao invés de tentar descobrir nuances acerca de nossa personalidade e nosso jeito de ser, na maioria das vezes nos imaginam completamente nuas ou em lingeries minúsculas em infinitas posições do “kama-sutra” !
Eu sinceramente não sei o que o meu “afair” andou pensando a meu respeito, pois o risco de ser mal interpretada ao entregar-lhe meu cartão foi grande!
Mas posso afirmar que valeu a pena, pois estamos juntos sempre que possível e cada dia eu descubro novas qualidades. Ele é absolutamente bem humorado, gentil, carinhoso e muito inteligente. Ah, defeitos? Claro que os têm! Assim como eu e você... Mas esses eu não quero nem saber (pelo menos por enquanto). Manias? Ih...Tem também... Algumas eu já descobri.
Sei por exemplo que ele tem praticamente uma coleção de cortadores de unha.... (teria sido alguma espécie de Lobisomen em outra geração?) Acho que não...ele também tem uma mania na hora de dormir, penso que essa adquiriu desde a tenra infância, mas isso eu não posso contar aqui... sinais de patologia? Graças a Deus não vi nenhum! Mas posso afirmar que ele me deixa invariavelmente feliz quando carinhosamente se refere a mim como “coração” ! Embora minhas crônicas estejam sempre na posição de “ataque” desta vez eu estou na “defensiva” ele me pegou de jeito! Ah...e o que eu faço com a crônica escrita anteriormente “Apaixonei-me Afrodite se quiser! “ ? Aceito sugestões...

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